“Olê, olê, olê, olá / esse Reuni não vai passar / ocupo reitoria para não privatizar”
Ontem (25/10/07), em Vitória, no campus de Goiabeira da Ufes, às 14:30 estava marcado a reunião do Conselho Universitário da Ufes. Em pauta, não constava a apresentação e a votação do projeto REUNI. Porém, o DCE não deu credibilidade para a pauta (por conhecer a administração da reitoria) e convocou um ato para tentar barrar a possível votação no Conselho Universitário (CUn). Este ato foi marcado para ter início às 10h, com concentração em frente à reitoria. Ao chegarmos lá, encontramos o prédio de portas fechadas, com uma tropa de vigilantes federais constituindo uma barreira humana. Isso tudo para impedir a nossa entrada no prédio da reitoria (espaço público). Os seguranças, primeiramente, não apontavam motivos para o impedimento, apenas diziam que nós não poderíamos entrar, que eram ordens superiores. Após algum tempo, quando tentamos novamente o enfrentamento, alguns deles disseram que a barragem era para defender o patrimônimo público, alegando que nós o depredaríamos se entrássemos. Sem contar que as portas só estavam fechadas para os alunos que faziam parte do movimento/ato, as outras pessoas (funcionários do prédio ou não, contando que não apresentassem ameaça à reunião do conselho) podiam entrar e utilizar o prédio público normalmente. Com isso, o movimento decidiu, em plenária na hora do almoço, que formaria uma barreira humana para não deixar ninguém mais entrar. Além disso, também foi decidido fazer um tapete de ovos para dificultar ainda mais o acesso ao prédio. Conseguiu-se barrar muitas entradas, porém também houve enfrentamento com muitas pessoas que reivindicavam a entrada no prédio. Mesmo assim, a barreira continuava irredutível em frente à reitoria. Além da porta central, havia duas entradas por trás do prédio. Também nelas foram feitas barreiras humanas. Inclusive, em uma dessas portas, houve agressão a um estudante por parte de um funcionário da reitoria. Às 14:30 começou a reunião e os representantes discentes que lá estavam comunicaram ao resto do movimento que havia quorum para iniciar o conselho. Primeiramente, o movimento começou a pensar em uma estratégia de ataque. Quando os alunos que estavam lá dentro avisaram que o projeto do REUNI entrou em pauta emergencial e já estava sendo apresentado para iniciar a votação, os estudantes entraram em enfrentamento com os vigilantes, forçando a entrada no prédio. Conseguiu-se entrar no prédio e ocupar a sala do CUn.